A sinodalidade: Desafios a partir da escuta sinodal da Igreja do Porto

2ª sessão do ciclo «Abraça o presente: Juntos por um caminho novo»

Decorreu a 8 de novembro por videoconferência a segunda sessão do ciclo «Abraça o presente: Juntos por um caminho novo», organizado pelo CCC e pelo diaconado permanente portucalense, em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral 2022/2023. A sessão, bem participada, como resulta dos 113 dispositivos informáticos ligados, constou da conferência «A sinodalidade: Desafios a partir da escuta sinodal da Igreja do Porto», proferida pelo Cón. Joaquim Santos, da Comissão Sinodal do Porto, que coordenou a referida escuta sinodal e a redação da síntese diocesana.

O Cón. Joaquim Santos começou por evocar a continuidade do processo sinodal, aludindo à recente publicação do documento preparatório da fase continental, sob o título «Alarga o espaço da tua tenda», com as suas três questões devolvidas às dioceses.

Centrando-se na escuta sinodal da Igreja do Porto, referiu que a diocese a presentou a síntese no tempo previsto, participou nas Jornadas Pastorais do Episcopado e submeteu a síntese em ordem à elaboração do documento nacional. Sublinhou particularmente a participação diocesana na assembleia pré-sinodal. Considerou também significativa a participação diocesana na consulta sinodal, atendendo ao tempo da sua implementação e ao facto de ser uma realidade nova em contexto diocesano. Reveladora é ainda convergência das respostas da diocese com o sentido geral da síntese nacional, como aliás do próprio documento de preparatório da fase continental.

Importante agora é continuar a dinâmica sinodal, escutando Deus e os irmãos e tendo em conta os elementos da escuta realizada. Se há grandes questões que dependerão de decisão superior, há tantas outras em que a escuta sinodal pode produzir resultados mais imediatos.

A conferência apontou os temas mais debatidos, tanto os que se revestiram de consenso – a pouco participação na vida eclesial dos jovens e dos jovens adultos, as divisões entre as pessoas que participam nas atividades eclesiais, a dificuldade de encontrar uma linguagem compreensível nas palavras e nos sinais, – como os temas não consensuais, designadamente os que tocam a inclusão de quem não vive em regra com a moral cristã ou os que se referem ao celibato opcional dos sacerdotes, à ordenação de homens casados ou à ordenação diaconal e presbiteral de mulheres.

O Cón. Joaquim Santos deteve-se, por fim, nos vários aspetos das propostas decorrentes da escuta sinodal, designadamente os que respeitam à formação nos seus vários âmbitos, à escuta e ao diálogo, ao acolhimentos nos lugares de interface do encontro com a comunidade eclesial, à questão da transparência e celeridade no referente à questão dos “abusos”, às iniciativas de espiritualidade e comunicação, bem como ao que concerne ao ministério ordenado, à participação das mulheres na vida eclesial e à não menorização dos órgãos de corresponsabilidade em virtude do seu cariz consultivo.

A reflexão prosseguiu em torno das observações e questões que os participantes formularam.

A próxima sessão, também por videoconferência, está agendada para 6 de dezembro, às 21 horas. O P. Manuel Monteiro Mendes, pároco de Esmoriz, aborda o tema «A hospitalidade e a prática do acolhimento pastoral».

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