5ª sessão do ciclo «Abraça o presente: Juntos por um caminho novo»
Decorreu a 7 de fevereiro, por videoconferência, a terceira sessão do ciclo «Abraça o presente: Juntos por um caminho novo», organizado pelo Centro de Cultura Católica e pelo Diaconado Permanente Portucalense, em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral 2022/2023, que contempla a hospitalidade e o acolhimento entre as suas linhas de força para este ano. Uniu-se à organização desta sessão também o Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde, fazendo dela uma das iniciativas programadas e realizadas para assinalar o Dia Mundial do Doente.
A sessão, bem participada, como resulta dos 144 dispositivos informáticos ligados, constou da conferência «Escutar e acompanhar na fragilidade», proferida pelo Doutor Eduardo Carqueja, psicólogo clínico e doutor em bioética, diretor do serviço de Psicologia do Hospital de São João. Antes, porém, tomou a palavra a Dr.ª Maria do Rosário Rodrigues, Presidente do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde, para enquadrar o tema e apresentar o conferencista.
O Doutor Eduardo Carqueja começou a sua intervenção, evidenciando a delicadeza do tema da escuta e do acolhimento em contexto de fragilidade, em virtude precisamente da situação em que se encontra quem que é escutado. Afirmou na sua abordagem a diferença entre escutar e ouvir, bem como entre acompanhar e impor, sublinhando a postura de escutar e de acompanhar o outro, fazendo caminho conjunto, sem impor. Com efeito, a vontade de quem ajuda pode transformar a sua própria fragilidade num poder, projetando o seu “eu” frágil sobre aquele a quem quer ajudar.
A conferência projetou-se em seguida na identificação de alguns alicerces da escuta, designadamente a compaixão, a congruência, o silêncio, sublinhando sobretudo a importância de acolher o outro na sua vivência. Ainda se socorreu da mensagem pontifícia para o Dia Mundial do Doente para ilustrar alguns dos aspetos referidos.
À intervenção inicial seguiu-se um longo tempo de diálogo entre o Doutor Eduardo Carqueja e os participantes, que colocaram questões e evocaram casos concretos da própria experiência pastoral junto dos frágeis. Convergindo numa evidente sensibilização para a escuta e o acompanhamento, a sessão preveniu alguns erros, potenciou boas práticas e sublinhou sobretudo o papel da formação para um acompanhamento de qualidade em contexto de fragilidade, na certeza de que esta precisa de ser acompanhada e cuidada.
Depois de dois meses de paragem, o ciclo regressará a 2 de maio com uma sessão em que o Doutor Alexandre Freire Duarte abordará o tema: «O discernimento em contexto de sinodalidade».