O Centro de Cultura Católica propõe, entre março e junho de 2024, um itinerário de formação subordinado ao tema «Escutar a morte, acompanhar no morrer, cuidar no luto», sob coordenação do P. José Nuno Ferreira da Silva e em parceria com vários secretariados e organismos diocesanos.
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As últimas décadas do século XX foram assinaladas por alterações profundas nos lugares, nos intervenientes, nos modos e nas ritualidades da morte, do morrer e do luto até aí praticados. A entrada no século XXI faz-se sem uma ars moriendi, isto é, uma arte de morrer. A morte subsiste como o derradeiro tabu, realidade que se evita olhar e da qual se recusa falar. O afastamento dos que vivem o seu tempo de morrer tornou-se uma inevitabilidade para muitos. E os lutos ficam frequentemente por fazer ou são mal resolvidos, face à incapacidade humana para a tarefa de lidar com a mais essencial dimensão da sua frágil naturalidade, a morte, como se, para se ser feliz, fosse interdito pensar ou falar da morte ou conviver com quem está a morrer ou a viver o luto. Este fenómeno sociocultural, atestado e interpretado pelas ciências sociais e humanas, é um dos traços característicos mais marcantes desta etapa da civilização ocidental e dele emerge a obrigação de um discernimento pastoral capaz de colher as interpelações que a Igreja é chamada a reconhecer e corresponder.
A morte constitui uma das “periferias existenciais” para que o Papa Francisco tanto chama. Os que vivem o seu tempo de morrer, em tantas situações exilados das suas pertenças, são um apelo ao aprofundamento da “fraternidade”, um dos grandes apelos do magistério deste Papa, desenvolvendo, nas suas palavras, uma «cultura do encontro e do cuidado». O Plano Pastoral da Diocese do Porto para este ano de 2024 – «Vamos com alegria: Juntos por um caminho novo» – assume esta preocupação e propõe, entre os seus objetivos, um que se reveste de particular significado neste horizonte e pede concretizações transversais: «Promover uma cultura do cuidado».
Neste enquadramento, o Centro de Cultura Católica, em parceria com a Coordenação Diocesana das Capelanias Hospitalares, o Diaconado Permanente e os Secretariados Diocesanos da Pastoral da Saúde, Pastoral Social e Caritativa, Liturgia, Pastoral Familiar, Educação Cristã da Infância e da Adolescência, Pastoral da Juventude, Pastoral das Migrações e EMRC, promove o itinerário formativo que agora se apresenta. Com ele, quer ir ao encontro da realidade e oferecer aos seus participantes a possibilidade, não apenas de amadurecerem interiormente pela consideração da própria finitude, mas também de adquirirem instrumentos teóricos e práticos para serem pastoralmente capazes de «escutar a morte, acompanhar no morrer, cuidar no luto», qualquer que seja o âmbito em que estas experiências ocorram.
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A proposta reveste-se dos seguintes objetivos:
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O itinerário foi programado para os seguintes destinatários:
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O itinerário de formação realiza-se preferencialmente de modo presencial nas instalações do Centro de Cultura Católica, entre março e junho, em 12 noites de terça-feira, das 21 às 23 horas, como inicialmente foi programado. Procurando ir ao encontro das solicitações entretanto chegadas, a coordenação do itinerário entendeu que pudesse decorrer alternativamente em sala virtual em 12 noites de quarta-feira, no mesmo horário. A opção pela modalidade presencial ou em sala virtual faz-se na inscrição e mantém-se ao longo itinerário.
Os conteúdos programáticos estendem-se pelos seguintes módulos:
* Por indisponibilidade do docente, a sessão de 8 de maio foi adiada para 5 de junho.
Os recursos básicos dos módulos serão disponibilizados aos formandos em formato digital.
A conclusão do itinerário supõe a frequência de um mínimo de 10 das sessões anteriores e o cumprimento das tarefas de avaliação propostas.
O itinerário formativo prevê também a possibilidade de encontros setoriais, a agendar com os formandos, para concretizar o percurso em cada âmbito pastoral.
Paralelamente às sessões modulares referidas, são organizados três retiros de um dia, de caráter facultativo e abertos também a quem não frequenta o conjunto da formação, a realizar ao sábado, na Casa das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, Quinta da azenha, em São Cosme, Gondomar, das 9.30 às 17.30 horas, nas seguintes datas**:
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** Para quem desejar frequentar os retiros e não lhe for possível fazê-lo presencialmente, está prevista a possibilidade de participação em sala virtual apenas nas duas conferências de cada um deles.
A lecionação é da responsabilidade do coordenador, o P. José Nuno Ferreira da Silva, e de outros formadores convidados em função dos temas específicos.
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A frequência do itinerário formativo importa no pagamento da seguinte taxa de inscrição e frequência:
*** Está previsto um custo diferenciado para inscrição em casal e para inscrições feitas em conjunto (mínimo de 5) por paróquia, estrutura residencial para idosos ou capelania hospitalar. Estes casos devem contactar diretamente a secretaria do Centro de Cultura Católica para informação e inscrição.
As inscrições neste itinerário de formação decorrem até 5 de março, segundo a ordem de chegada até ao limite definido, do modo que a seguir se indica:
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Contactos para informações e para a entrega/envio das inscrições: Centro de Cultura Católica | Rua D. Manuel II, 286 | 4050-344 PORTO | Tel. 22 609 46 39 (chamada para a rede local nacional) | 96 000 40 36 (chamada para a rede móvel nacional) | ccc@diocese-porto.pt.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 15 às 19 horas; sábado, das 9 às 13 horas.
«Promover uma cultura do cuidado: […] Cuidar por propor um anúncio renovado do futuro eterno da pessoa. A Ressurreição é alternativa ao mito da eterna juventude. Reconciliar os adultos com a questão da morte e da finitude» (Plano Diocesano de Pastoral 2023/2024).